A crise mundial da Pesca: práticas predatórias e desrespeito ao manejo vêm reduzindo as populações de espécies nobres de peixe.
Os oceanos estão em apuros. Do extremo norte do mar da Groenlândia aos vagalhões gelados do círculo antártico, estamos limpando os peixes de nossos mares. De 1900 até hoje, pode ter havido um declínio de quase 90% em muitas espécies, e o problema só se agrava. Super-redes de arrasto varrem os recifes. Países violam as leis. Cotas de pesca não são respeitadas.
A crise anuncia-se na mesa vazia de uma família no Senegal, na queda do número de alunos em uma escola elementar de um povoado costeiro, no cardápio dos restaurantes e na esteira de pescado inaproveitado e lançado à deriva. Nas três histórias a seguir, comparamos os prejuízos líquidos com os magros lucros. Primeiro, a magnitude do problema, refletida no massacre do majestoso atum-azul. Depois, para compensar, o caso de uma reserva marinha na Nova Zelândia obstinadamente mantida por um biólogo que prega a necessidade de nova ética para o oceano: que ele seja visto não como um recurso natural a ser explorado, mas como uma comunidade pertencente a todos nós. Finalmente, a situação da pesca na extensa costa brasileira, em comunidades onde o declínio de espécies marinhas, como a lagosta, priva o povo de seu sustento e arrasa um modo de vida transmitido de geração a geração.
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